O que eu achei de "como eu era antes de você."
- Larissa Anphilóquio
- 3 de jul. de 2016
- 3 min de leitura

Li o livro da Jojo Moyes em janeiro desse ano e fiquei ansiosa esperando pela adaptação cinematográfica. Posso dizer sem medo que o filme não me decepcionou nem um pouco. As atuações foram incríveis, Emilia Clarke é a Lou perfeita e Sam Claflin fez com que nós nos apaixonássemos por Will Traynor. Um ponto positivo foi a própria Jojo ser a roteirista do filme, garantindo assim que o mesmo fosse fiel ao livro. Não teve como não se emocionar no cinema. Saí de lá com um aperto no coração, a maquiagem borrada e os olhos vermelhos. ~sou chorona mesmo~ A história é linda, super emocionante e nos faz refletir sobre nossas escolhas e sobre as pessoas que entram em nossos caminhos. Vale muito a pena pra quem curte um bom romance.

Pra quem não leu o livro e ainda não viu o filme, ele conta a história do rico e bem sucedido, Will (Sam Claflin) que leva uma vida repleta de conquistas, viagens e esportes radicais até ser atingido por uma moto, ao atravessar a rua em um dia chuvoso. O acidente o torna tetraplégico, obrigando-o a permanecer em uma cadeira de rodas. A situação o torna depressivo e extremamente cínico, para a preocupação de seus pais (Janet McTeer e Charles Dance). É neste contexto que Louisa Clark (Emilia Clarke) é contratada para cuidar de Will. De origem modesta, com dificuldades financeiras e sem grandes aspirações na vida, ela faz o possível para melhorar o estado de espírito de Will e, aos poucos, acaba se envolvendo com ele. E paro por aqui, corra pro cinema se você ainda não viu e leia o livro, tô louca pra ler a sequência "Depois de você" que tem tudo pra virar filme futuramente.

ALERTA DE SPOILER, NÃO DIGA QUE NÃO AVISEI
Agora vou dar um pouquinho da minha opinião sobre a escolha que o Will tomou no filme (ainda dá tempo de desistir se você não gosta de spoiler.) Enfim, após ver o filme fui procurar ver o que acharam da adaptação e a maior crítica foi quanto a escolha que o Will, personagem do Sam Claflin, toma no filme. Muitos o taxando de egoísta, a maioria dos comentários que vi sobre a personagem falavam isso. Mas, após ler o livro eu tirei muito tempo pensando sobre ele (costuma fazer muito isso) e ver qual seria a verdadeira lição. É triste ele ter morrido? Sim. Por opção dele? Mais ainda. Mas é fundamental pra história ter se tornado tão especial. Coloque-se no lugar de uma pessoa que era bem sucedido, super ativo e que vê sua vida modificar inteiramente. Que acaba dependendo dos outros pra qualquer coisa que ele realizar. Que fica doente com muita facilidade e com muita intensidade, suportando muitas dores. Eu penso que a gente nunca entende o que a outra pessoa passa sem que tenha passado pela mesma situação. Por isso, a um primeiro olhar pode parecer egoísta ele ter desejado morrer de uma maneira que seria indolor para ele. Claro, tem a questão de toda sua família, da Lou apaixonada e etc. Mas e ele? E como seria num futuro se por acaso a Lou olhasse pra trás e se arrependesse? Como ele lidaria com mais isso? Como ela lidaria? Acho que o amor dos dois foi lindo, ele mudou completamente a vida dela, o jeito como ela se via no mundo, como ela deveria ir atrás de suas ambições. E ela mudou a dele também, trazendo mais alegria e amor pros seus dias. É disso que se trata o filme/livro: sobre como devemos amá-las as pessoas enquanto é tempo. E vocês, o que acharam do filme e do livro??? Conta pra gente nos comentátrios.
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